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Economia

Palavra do momento na economia, “cashback” pode ser grande cilada

Termo significa dinheiro de volta e é um sistema de recompensas para fidelizar clientes

Por Fernanda Palheta | 05/05/2024 09:48
Cartaz de anúncio de cashback em loja do Centro de Campo Grande (Foto: Alex Machado)
Cartaz de anúncio de cashback em loja do Centro de Campo Grande (Foto: Alex Machado)

Fazer uma compra e ter parte do dinheiro gasto de volta é o desejo de muitos consumidores. A recompensa financeira é possível com o cashback, termo em inglês que significa “dinheiro de volta”, e está previsto até no projeto de lei do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo no país.

O economista Michel Martines explica que muitas empresas utilizam o sistema no Brasil como uma forma de fidelizar os clientes, “Aquilo que é gasto ele recebe, geralmente, em valor percentual, que fica como um bônus, um retorno daquele dinheiro”, explica. O perigo, segundo ele, é quando o consumidor “se empolga”.

“O que tem que observar é que as pessoas dependem de um orçamento, ou seja, elas têm um dinheiro ser gasto, às vezes ela se empolga, gasta a mais esperando um cashback maior e quando vai ver, por trás do cashback tem um contrato que faz com que ela demore para receber a recompensa ou alguma outra desvantagem que ela não está olhando”, alerta Martines.

Apesar de ser a palavra do momento na economia, ainda é desconhecido e pouco usado pela maioria das pessoas nas ruas de Campo Grande.

A esteticista, Caroline Araújo, de 33 anos, nunca ouviu falar em cashback, mas ao ouvir a tradução diz que já viu esse tipo de promoção no comércio. Já a artesã Emilly Kassandra, de 21 anos, conta que já ouviu falar no termo, mas não entende muito bem o que é e como funciona. A mãe da artesã, a dono de casa, Joana Alfonso, de 78 anos, explica que não sabe o que é cashbach, mas para ela não faz diferença “porque não entendo”.

O auxiliar de logística, Yuri Sammer, de 40 anos, também já ouviu falar no sistema de recompensa, “mas muito por cima”. Ele explica que entende que cashbak proporciona algum valor de retorno após uma compra. “Mas nunca me aprofundei nesse assunto”, disse.

Encarregada de supermercado, Franciele Martines, e o auxiliar de logística, Yuri Sammer (Foto: Alex Machado)
Encarregada de supermercado, Franciele Martines, e o auxiliar de logística, Yuri Sammer (Foto: Alex Machado)

Ele lembra que fez uma compra em uma loja do centro e ontem voltou com a esposa, Franciele Martines, de 33 anos, para aproveitar o desconta de R$ 10,00, mas o cashback tinha validade de um mês e já tinha inspirado. “Para você ver como a gente não sabe mexer com isso”, completa.

A manicure, Renata Pessatto, de 25 anos, também conhece pouca coisa do sistema de recompensa e associa o cashback a compras online. “Conheço mais ou menos e nem sabia que em lojas físicas existia”, relata.

Manicure, Renata Pessatto, de 25 anos, já recebeu cashback em conta online, mas não teve interesse em usar o desconto (Foto: Alex Machado)
Manicure, Renata Pessatto, de 25 anos, já recebeu cashback em conta online, mas não teve interesse em usar o desconto (Foto: Alex Machado)

Ela conta que já ganhou o bônus, mas acabou não usando. “Foi automático, comprei muitos livros recebi um e-mail que eu tinha recebido cashback. Tinha um valor para usar em compras no crédito, mas não usei porque não ia precisar”, afirma.

Já a revendedora de cosmético, Cristiane Santes, de 41 anos, conheceu o termo há muito tempo assistindo um reality show que mostravam americanas que viviam atrás dos descontos. Mesmo familiarizada com o termo, nunca voltou em uma loja para recuperar um valor gasto anteriormente. “Não costumo usar, só se na compra que eu realmente preciso tiver, mas eu não vou atrás”, explica.

Os estudantes Henrique Agostini, de 21 anos, e Maria Rita Murano, de 20 anos, conhecem bem cashback e usam com frequência. Ele por meio de aplicativos e ela em compras online e presenciais.

Estudantes Maria Rita Murano, de 20 anos, e Henrique Agostini, de 21 anos, usam com frequência casback em suas compras (Foto: Alex Machado)
Estudantes Maria Rita Murano, de 20 anos, e Henrique Agostini, de 21 anos, usam com frequência casback em suas compras (Foto: Alex Machado)

A estudante já chegou a voltar em uma loja do shopping para ganhar desconto. “Era um desconto bom, por exemplo, você comprava um produto de R$ 100,00 e recebe o cashback de R$ 56,00, no próximo produto”, recorda. Apesar do desconta de mais de 50% do valor original da compra ela conta que havia um limite mínimo para a compra seguinte. “Eu acabei gastando a mesma média de preço da primeira compra”, completa.

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